Allegretti foi uma das principais responsáveis pela projeção mundial de Chico Mendes como um ativista ambiental e compôs o último painel do evento.
Com mais de 100 inscritos, o evento Amazônia 21 – Curitiba (2ª edição) realizado pela Academia Amazônia Ensina, no último sábado (28), contou com a participação de importantes nomes da agenda ambiental, incluindo Mary Allegretti, antropóloga e presidente do Instituto de Estudos Amazônicos, ONG que trabalhou com Chico Mendes.
O primeiro painel da programação trouxe apresentações de estudantes da 2ª turma da Expedição Amazônia 21, realizada em julho de 2019, no estado do Amazonas. A turma colocou em debate questões instigantes voltadas para a sustentabilidade ambiental abrangendo áreas como Comportamento, Comunicação e Gestão.
No segundo painel, para falar sobre as oportunidades e os desafios para a bioeconomia digital no Brasil, o público teve a oportunidade de ouvir Geraldo Feitoza, diretor-presidente no Instituto de Desenvolvimento e Tecnologia – INDT, Carlos Gabriel Koury, diretor-técnico no Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia - Idesam e Valmir Ortega, diretor-executivo no Instituto de Conexões Sustentáveis – CONEXSUS, representantes de três importantes instituições gestoras de programas de incentivo a startups e negócios de impacto ambiental e social no Brasil.
Na sequência, a consultora Anke Salzmann, mestre em Lideranças em Conservação, falou sobre o Programa Natureza Empreendedora, implementado pela Fundação Grupo Boticário em parceria com o Sebrae-PR, dividindo painel com Paulo Reis, diretor de marketing na Manioca Brasil.
Durante os intervalos entre os painéis, o público experimentou sabores tipicamente amazônicos num cardápio composto por ingredientes da Manioca. Dentre as opções oferecidas, foram servidos um autêntico açaí paraense, geleias e sucos regionais, tambaqui assado acompanhado com vinagrete temperado com tucupi preto, o shoyo amazônico.
Concluindo a programação, o último painel teve a participação da antropóloga Mary Allegretti e do diretor da Academia Amazônia Ensina, João Tezza Neto. Em uma fala inspiradora, Allegretti contou sua trajetória e como foi o processo de criação de uma política pública voltada à criação de novoas unidades de conservação no Brasil, a partir do ativismo dos seringueiros representados por Chico Mendes. Em sua palestra, ela explicou o início da construção do movimento ambientalista, o qual, na Amazônia, teve seu início a partir da reivindicação social dos seringueiros.
Atividades Culturais
Além das degustações oferecidas durante o evento Amazônia 21, uma sessão de cinema também estava prevista na programação. Diante do interesse do público presente, os debates se estenderam e, por isso, a exibição do documentário O Rio Negro São As Pessoas foi remarcada para o próximo fim de semana.
O documentário que aborda a realidade das populações ribeirinhas na região do Baixo Rio Negro será exibido no domingo (6/10), às 15h, na sede da Ave Lola, produtora responsável pelo filme de 52 minutos, lançado este ano, com direção de Juliana Barros e João Tezza Neto.
O público participante do Amazônia 21 poderá fazer sua reserva para exibição sem custo, até esta sexta-feira (4/10), através do link https://www.eventbrite.com.br/e/o-rio-negro-sao-as-pessoas-tickets-75032041857 e código de cortesia enviado para o e-mail de quem realizou seu check-in no evento.
Para quem não esteve no evento e quiser assistir ao filme, algumas vagas estão disponíveis no mesmo link por um valor simbólico.
Serviço:
Exibição do filme documentário O Rio Negro São As Pessoas (2019/52’)
Local: Ave Lola – Espaço de Criação (Rua Marechal Deodoro, 1227 – Centro)
Data: 6/10/2019
Horário: 15h
Reservas: https://www.eventbrite.com.br/e/o-rio-negro-sao-as-pessoas-tickets-75032041857