Datas das próximas edições serão divulgadas em breve
A 1ª Expedição Amazônia 21 aconteceu do dia 27 de janeiro a 3 de fevereiro de 2019 reunindo jovens estudantes, fase de graduação e pós-graduação, de várias áreas de estudo e atuação e diferentes cidades do Brasil.
Durante 8 dias, a turma visitou algumas das principais instituições da Amazônia, sediadas em Manaus, interagindo com professore(a)s doutore(a)s e, pesquisadore(a)s e especialistas, navegou por rios amazônicos como, rio Negro e Cuieiras, visitou, museus, sítios arqueológicos, comunidades ribeirinhas, reservas e parques nacionais, tendo aula especiais, palestras e vivências práticas.
Para a realização da Expedição Amazônia 21, a Academia Amazônia Ensina contou com o apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amazonas - Sema, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa, Original Trade, Lojas Bemol, Recursos Hídricos e Ambientais - RHA, Fundação Amazonas Sustentável - FAS, Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia - Idesam.
Ainda para o ano de 2019, a Academia realizará outras edições da Expedição Amazônia 21 e em breve divulgará seu calendário.
Assista ao vídeo e confira alguns depoimentos de estudantes que participaram da expedição.

"Não tem nada mais inspirador que conhecer pessoas incríveis, me sinto privilegiada por está sempre tendo a oportunidade de conhecer mais e mais pessoas incríveis. E nessa última experiência chamada #ExpediçãoAmazônia21, em especial, foi uma bela surpresa, primeiro porque eu realmente não sabia que ia participar até três dias antes de começar. E depois porque eu tava tão focada em encontrar um curso para começar a estudar e ter uma rotina X, que nem tava vendo as mil possibilidades que a vida pode oferecer. E durante a última semana varias conversas super interessantes me fizeram ter várias ideias que estão reverberando aqui dentro de mim.
Em termos didáticos digamos aprendi muito, consegui entender coisas em um dia que eu vinha estudando a anos. Aprendi mais sobre a história do nosso país e da amazônia do que no ensino médio inteiro. Foi uma semana incrível, é sempre maravilhoso falar sobre Amazônia. Outra surpresa foi conversar com alguns sobre boi bumba heheheh, além de renovar os planos e as energias junto com pessoas maravilhosas... Sou muito grata pela oportunidade. @amazoniaensina, @semaamazonas e a todas as pessoas que estiveram nessa expedição, afinal o grupo é tão maravilhoso que seria impossível não ter dado tudo tão certo como deu. Vocês são incríveis, adorei conhecer todos!!! ❤ "
Odenilze Ramos (Participante da 1ª Expedição Amazônia 21 - Bolsista Sema)

"Antes do início dessa jornada, planejava escrever sobre como “o Brasil não conhece o Brasil”, denunciando o absurdo de estrangeiros saberem mais sobre a Amazônia do que os próprios brasileiros de regiões mais ao sul. Mas a verdade é que eu, amazonense nascida na ilha Tupinambarana e criada em Manaus, que cresci chamando mosquito de carapanã, menino de curumim e menina de cunhantã, também não a conhecia.
Nunca tinha conversado com um cacique. Nunca tinha ouvido a líder de uma comunidade ribeirinha. Não fazia ideia da história e da grandeza de Airão - Novo e Velho. E ao mesmo tempo em que não sabia metade dos problemas enfrentados fora dos limites da capital do Amazonas, nunca calculara seu imenso valor.
Porque em algum momento entre estar no Amazonas e sair dele, eu me perdi. Silenciei meu linguajar, tirei minhas penas. Para eles não era parintinense, era manauara. Anulei minha cultura para evitar um preconceito que só poderia ser desfeito pela atitude imediatamente contrária a que tomei: através do diálogo. Porque toda má ação se deve à ignorância, preconceitos só se curam com informação.
E foi atrás disso, dessa informação que me faltava sobre minha própria terra, que me inscrevi em uma aventura de 8 dias pela Amazônia. Minha Amazônia. Onde entendi que o ser humano é apenas mais um animal dentro desse ecossistema tão diverso e equilibrado. Que ao mesmo tempo somos tão plurais e tão ligados uns aos outros. Que todos temos o que aprender e o que ensinar - sem hierarquias.
Hoje, volto para Brasília com a certeza de que tenho lugar e identidade na cidade entre as árvores. Que a terra que primeiro recebeu meu suspiro foi Parintins, e que isso não deve ser omitido para facilitar o entendimento dos que ignoram a existência de meu povo.
Como o cupuaçuzeiro, “o que tenho para oferecer vale muito e não se encontra fácil”. Nascer na Amazônia é um regalo e não uma sina. E ainda que me arrependa de ter demorado 20 anos para perceber isso, sinto-me grata por não ter demorado mais 20. Nas águas do Rio Negro nasceu uma nova Helena: a nova Helena do Norte".
Maria Helena Andrade (Participante da 1ª Expedição Amazônia 21 - Bolsista Original Trade)

"Já fiz tantas viagens de barco pelo nosso Amazonas que já perdi as contas. Mas nada se compara a conviver e viajar durante uma semana junto com essa galera que me ensinou que apesar de vivermos em diferentes regiões do Brasil, somos fragmentos de um todo, somos Amazônia".
Sara Seixas (Participante da 1ª Expedição Amazônia 21 - Bolsista Bemol)

"Conhecer para transformar. Entender a Amazônia é complexo, mas é essencial para o entendimento não só do Brasil, mas também do mundo. Tem grande importância no desenvolvimento socioeconômico mundial e não será com a sua destruição com o modelo de extrativismo atual que conseguiremos nos manter por aqui. A Amazônia é essencial para o equilíbrio climático global e o descaso com isso já está sendo sentido. Que não esperemos ainda mais tragédias para que a consciência ambiental seja parte das nossas realidades. Por mudanças nos padrões de consumo e por políticas públicas voltadas para um desenvolvimento socioambiental consciente".
Eduardo Pinheiro (Participante da 1ª Expedição Amazônia 21 - Bolsista RHA)
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